“O valor histórico é muito grande por ter somente dois relógios feitos por esse artista. Todo o mecanismo dele também é bem específico. Já o valor monetário é incalculável, porque são objetos raros, e como ele não está no mercado, não dá para estimar”, explica Elizabeth Kajiya, restauradora de obras de arte e pesquisadora da USP.
O outro relógio está exposto no Palácio de Versalhes, na França, mas possui a metade do tamanho da peça que foi destruída no dia 8 de janeiro do ano passado.
Toda a ação foi flagrada pelas câmeras de segurança do terceiro andar do Planalto — na antessala do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Antônio Cláudio Alves Ferreira foi identificado pela Polícia Federal como o responsável pela destruição da peça. Ele foi preso dias depois no interior de Minas Gerais e continua no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, aguardando julgamento.
Ferreira ficou em silêncio em depoimento à Polícia Federa (PF) após ser preso. Na época e agora, a CNN tentou contato com a defesa, mas não obteve retorno.